Quando uma mulher decide conscientemente se despir das velhas mentiras e antigas roupagens, nada pode impedi-la.
Uma mulher que escolhe encarar suas sombras e utilizar da sua própria luz para iluminar os confins do seu inconsciente, se torna uma peça chave na disseminação dos saberes ocultos.
Essa mulher que pouco a pouco retoma seus espaços e ocupa sua posição de poder dentro de si, não mais aceitará estar em lugares que a coloquem em dúvida ou divisão com a sua verdade.
Essa mulher escolhe ser íntegra a partir dos espaços internos que ocupa em si. Não há mais medo de encarar as faces escuras que a habitam. Há curiosidade e sede por cura. Sede pela integração das peças deixadas para trás.
Essa mulher está em processo de libertação e emancipação dos seus corpos e da sua fala. É o espaço que busca para contribuir com a humanidade através da sua verdade mais profunda.
Essa mulher sai do automático e passa a trilhar o seu próprio caminho, a escrever a sua própria história.
A libertação acontece não só no corpo que ocupa, mas se estende nos caminhos percorridos por tantas outras que vieram antes dela: suas ancestrais.
Uma mulher que corre em busca de si mesma, é uma mulher que encontra. Não importa o quão doloroso seja desapegar e dissolver as antigas vestes, a verdade é sua bússola e ela fará tudo que pode para dançar com todas as partes de si mesma.
Para regozijar da sua completude, da sua companhia, da sua integridade.
Quando nos iluminados, passamos a carregar essa chama acesa conosco e partir daí ser farol nos caminhos escuros e auxiliar quem por ventura se encontre perdido.
Quando escolho conscientemente encarar a verdade e dissolver as minhas separações internas, isso de alguma maneira, seja por ressonância ou vibração, também interfere no processo de muitas outras mulheres e pessoas ao meu redor.
É como um efeito dominó.
Estamos todas indo de volta para casa. Compartilhar a nossa cura é também um ato de encorajamento para tantas outras que estão em busca e por tantas outras que virão depois de nós.
Abrir caminho e arar o solo para que as sementes de um novo amanhã germinem e cresçam com força e coragem.
Uma mulher que retoma o seu lugar de origem se torna uma bússola no caminho. Um caminho que só pode ser trilhado através do coração, daquilo que preenche e acende, daquilo que nos faz sentir verdadeiramente vivas. Somos todas o propósito da própria Criação.
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