Quando uma mulher desperta para toda a sua potência criativa e curadora e decide conscientemente acender suas sombras e curar suas feridas, nada no mundo pode deter a força dessa mulher. Existe um consenso silencioso entre todas as forças do universo que pairam e fluem à favor de todos os passos dela, os caminhos são abertos e as coisas começam a acontecer. Pois essa mulher que decide por si só iniciar o seu caminho de cura e libertar todas as amarras patriarcais dela e de suas ancestrais, se torna um farol em meio a escuridão de si mesma, ela é como a lótus que renasce do lodo, ela se transforma das cinzas, junta os cacos, reconstrói, reforma e reestrutura todos os ossos. Não há nada que possa pará-la. A sede por conhecimento, expansão e cura é maior que todo e qualquer distração. Seus instintos se aguçam, ela fareja e corre, mergulha e respira. Quando essa mulher inicia a sua jornada de auto cura, ela não só liberta a si mesma, mas auxilia no processo de libertação de todas. O Ventre da Terra é um com o ventre de todas as mulheres, tenha ventre físico ou energético, ele está lá, unido por teias, tecendo a grande amarra cósmica da criação.
Não há nada que possa deter o corpo e a alma de uma mulher que flui com a correnteza, dança com o vento, abraça suas intempéries, transmuta com fogo, reconstrói com traços de terra. Ela flui à
favor do fluxo e todo o universo comemora o trajeto que ela faz de volta para casa.
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