Toda mulher é medicina, curandeira de si, parte integral e essencial da cura planetária. Todas nós nascemos com um potencial inato e intransferível de cura, primeiro com a gente mesma e depois com o mundo. Somos todas pequenas peças de um grande quebra cabeça. Estar num corpo mulher, é ter a oportunidade de vivenciar e relembrar a dança da própria natureza dentro de si. É experimentar o ápice da extroversão e da introversão. Verão & inverno, inúmeras nuances. Quando nos disséramos que “somos loucas”, é porque na verdade não compreendiam - e na sua maioria ainda não compreendem - a complexidade que é estar vivenciando um corpo mulher; todas as luas revisitamos a morte arquetípica da menstruação, uma grande amiga, que nos ensina saberes profundos sobre impermanência e libertação. Temos a oportunidade de descer ao submundo de nossas sombras e encarar todas as nossas amarras, medos, inseguranças. A própria natureza humana nos presenteia ciclicamente com oportunidades profundas de autoconhecimento e transformação. Ainda não contaram para eles que mulheres não são loucas, mulheres são portais. De criação e destruição. E lá atrás quando escreveram que Eva foi a culpada dos pecados humanos, pregaram uma cruz pesada e dolorosa no inconsciente coletivo feminino e que ainda hoje estamos só no início de sanar. Então, a próxima vez que lhe falarem que mulheres são loucas, relembre da força de todas as suas ancestrais que caminharam lentamente e abriram espaço pra que você pisasse hoje em solos firmes, relembre do poder criativo que existe dentro de você. O êxtase da existência, um portal orgástico de vida. Você não é louca mulher, você é cíclica, a própria natureza em transformação. Confie na sua medicina, no seu corpo, no seu sangue. Ser mulher não é nada do que eles te ensinaram e se você fechar os olhos e perguntar ao seu ventre, ele irá te contar os segredos da existência e da vida.
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