Toda mulher guarda dentro de si um potencial inato e poderoso de cura. Toda mulher é curadora desde o âmago do ser. Uma mulher que desperta e inicia seu processo de cura, se torna um farol em meio à escuridão e tem o dever de auxiliar suas outras irmãs na caminhada. Uma mulher que se cura, cura também toda a sua linhagem ancestral. Quebra uma corrente de silenciamento e dominação. Esta mulher que carrega em seu ventre as memórias uterinas de sua mãe, de sua avó e de sua tataravó. Uma mulher que se cura vê o divino e a Deusa refletido em tudo e todos. Reconhece a sacralidade e a beleza que reside em cada mínimo grão de areia. Uma mulher que se cura larga a necessidade de provar pro mundo a sua força, e faz revolução no próprio silêncio da oração. Uma mulher que se cura respeita o seu masculino interno e honra todos os homens que vieram antes dela. Não há cura sem integração. Estamos todos caminhando de volta para casa, alguns pegam atalhos, outros peregrinações extensas. Mas o destino é o mesmo. Uma mulher que se cura, é uma mulher política. Uma mulher que faz revolução através do auto-amor e do perdão, é uma mulher que honra todas as outras mulheres, que silencia pouco a pouco a voz do patriarcado pra se reconectar com a verdadeira voz do coração. Somos todas curadoras e quando nos curamos, curamos também o planeta.
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