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Foto do escritorMarcelle Cordeiro

Precisamos ser produtivas o tempo todo?




Nana nina não!!!


Eu não tenho que ser produtiva o tempo todo e muito menos massacrar meu corpo porque ele não segue um modelo de produtividade pré estabelecido.


Entendamos, mulheres: o modelo de produtividade é patriarcal. Não leva em consideração a ciclicidade e o feminino, AINDA!


Estamos agorinha gestando e nutrindo um novo modelo de produtividade cíclica, orgânica e respeitosa com a nossa humanidade.


Por isso se cobrar por não se adequar a um modelo tóxico para a sua saúde é um desrespeito com você mesma.


Mas eu sei que a gente ainda faz isso e tá tudo bem. É um processo de cura. Envolve tempo.


Conhecer o seu ciclo menstrual e os ciclos da natureza é um passo importantíssimo nessa jornada: se empoderar de quem você é e das inúmeras facetas que existem em você. Utilizar de cada uma delas no seu máximo potencial. Isso é poderoso, é curativo e libertador.


Entender que nem todos os dias estaremos com a mente lógica afiada e que em outros a intuição e a criatividade interna estarão em evidência.


A verdade é que somos sim produtivas todos os dias, mas de maneira diferente.


Ser produtiva não é sobre fazer 30 coisas a cada 1 hora o dia inteiro como uma máquina. Ser produtiva é utilizar da sua energia criativa de maneira consciente e direcionada e essa mesma energia criativa pode se manifestar de muitas maneiras diferentes.


Utilizar a sua criatividade: é ser produtiva.


Tirar um tempo para se dedicar à leitura de um livro: é ser produtiva.


Estar mais disposta para atividades que exijam menos esforço físico: é ser produtiva.


Utilizar da sua intuição no seu negócio e nos seus projetos: é ser produtiva.


Descansar e repor as suas energias quando necessário: também é ser produtiva.


Sempre que você se sentir sendo soterrada pelas cobranças ou que não está criando e fazendo o suficiente, pergunte-se: estou sendo produtiva aos olhos do quê e de quem?


A maior referência de produtividade cíclica está na própria natureza.


Ora é produtiva no inverno, ora no verão. Na primavera se concentra em crescer seus ramos e florescer suas flores. No outono sua energia criativa se volta para dentro num processo lento de desintegração.


E nem por isso uma coisa é melhor do que a outra ou mais ou menos produtiva. São apenas diferentes e ainda sim igualmente eficientes e poderosas em suas manifestações.


Ainda temos muito caminho pela frente e nem sempre será gostosinho ou leve respeitar esses chamados do corpo, sim, a gente se cobra. Mas o primeiro passo e mais importante é validar suas mudanças internas e entender que não tem nada de errado com você.


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