há um barulho
algo que se move¡
uma anunciação
um frio que percorre a espinha
e passa.
algo me intriga...
os silêncios, as rezas, as prosas unilaterais
existe um despejo
de algo que quer sair, ir embora
se afastar e grunhir
longe, distante, além;
ponto zero
descanso
respiro
vazio
dentro
de algo muito mais profundo
que só os olhos não alcançam.
se escrevo é pra colorir,
os dias cinzas de outono
os ápices de abandonos
de coisas internas que já me esqueci
e me aqueço
colhendo e relembrando
movendo-me em direção
à mim mesma
numa ânsia contínua
de decifrar
todos os meios
e enredos que eu mesma criei |
se escrevo é pra curar
porque me transborda
e assim
me sinto viva
não é necessário entender
quando
só se faz
sentir.
- escrever pra curar ~ pra deixar ir
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